O medo é um sentimento normal e pode, inclusivamente, ser positivo em certas ocasiões, ajudando-nos a evitar situações potencialmente perigosas. Por isso, é um sentimento pelo qual as crianças passam desde que nascem, ainda que os seus medos vão mudando à medida que crescem e se desenvolvem.

 

Ainda que nem todas as crianças sejam igualmente medrosas nem tenham medo das mesmas coisas, é habitual que sintam medo perante as mesmas situações dependendo da etapa da vida em que se encontram.

 

A maioria dos medos infantis vai desaparecendo à medida que a criança cresce. Com dois anos, estes são os medos mais comuns:

 

Angústia perante a separação. Este medo surge aos 8 meses, mas mantém-se aos 2 anos, ainda que não da mesma forma. Geralmente, nesta idade as crianças choram ou queixam-se quando são deixados com outras pessoas.

 

Medo do escuro. O medo do escuro é um dos mais habituais nesta idade, uma vez que se trata de um medo adaptativo. As crianças associam a escuridão ao abandono e à solidão e, além disso, a ausência de luz pode pregar-lhes uma partida, fazendo-os acreditar que há monstros nas sombras.

 

Medo dos animais. Este medo costuma manifestar-se entre os 2 e os 5 anos. As crianças podem ter medo de qualquer animal, ainda que os mais habituais sejam os cães, os gatos e os insetos. Têm medo que lhes façam mal, outro medo habitual nesta idade.

 

Medo de pessoas mascaradas. Foi todo animado levar o seu filho a ver o Pai Natal e ele desatou a chorar que nem um louco? Não se preocupe, é normal que as crianças desta idade tenham medo de pessoas mascaradas e que não entendam muito bem se são reais ou não ou se lhes vão fazer mal.

 

Como ajudá-los com os seus medos?

 

– Nunca o obrigue a enfrentar os seus medos.

 

– Apoie-o e não se ria dos seus medos, ainda que lhe pareçam disparatados.

 

– Fomente a sua autoconfiança para que não seja medroso.

 

– Acompanhe-o e dê-lhe afeto quando manifestar medo.